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Polícia & Bombeiros

- Poços de Caldas

Cavalo de charrete caído reacende debate sobre fim da tração animal em Poços de Caldas

6 de outubro de 2025

 

 

Prefeitura reforça urgência na aprovação de projeto que propõe substituição das charretes por veículos elétricos

 

Poços de Caldas (MG) – A queda de um cavalo de charrete na calçada da Avenida João Pinheiro, registrada em vídeo e amplamente compartilhada nas redes sociais neste domingo (5), reacendeu o debate sobre o uso de tração animal no transporte turístico em Poços de Caldas. O caso motivou reações da Prefeitura e da comunidade, e trouxe novamente à tona o projeto de lei que propõe o fim da prática no município.

 

No vídeo, o animal aparece deitado no chão, sendo ajudado por populares a se levantar. Após a repercussão, o prefeito Paulo Ney se manifestou nas redes sociais, reforçando o apoio ao projeto de lei que proíbe o uso de charretes com tração animal, atualmente em tramitação na Câmara Municipal.

 

> “Situações como essa nunca mais acontecerão no município”, afirmou o prefeito, ao pedir urgência na aprovação da proposta. Ele também destacou que o texto conta com apoio da maioria dos vereadores.

 

 

 

O que diz o charreteiro

 

O cavalo envolvido no episódio pertence a Francisco Carlos Rodrigues, presidente da Associação dos Charreteiros de Poços de Caldas. Segundo ele, o animal não estava exausto, e o ocorrido foi resultado de um susto causado por um caminhão que passou próximo ao local onde o cavalo estava amarrado.

 

> “Ele caiu em cima do varal da charrete e quebrou uma peça, mas não se machucou. Foi apenas um susto. Não é exaustão, nem cansaço, é rebeldia dele”, explicou Francisco.

 

 

 

Projeto prevê substituição e indenização

 

O episódio trouxe novo fôlego à discussão do projeto de lei encaminhado pela Prefeitura à Câmara em junho deste ano, que prevê a substituição gradual das charretes por carruagens elétricas, operadas por meio de concessão pública. A proposta também inclui uma indenização de R$ 15.180 para cada charreteiro, como forma de compensação pela descontinuidade da atividade.

 

Desde então, os vereadores já apresentaram cinco emendas e duas subemendas, entre elas, uma que propõe aumentar o valor da indenização para R$ 30 mil.

 

Esta é a segunda tentativa da administração municipal, em menos de um ano, de aprovar uma legislação que encerre o transporte por tração animal na cidade. A primeira tentativa foi arquivada sem votação em plenário, após resistência de parte dos charreteiros e falta de consenso entre os parlamentares.

 

Mobilização da sociedade

 

O uso de animais em charretes é um tema sensível e recorrente em Poços de Caldas. Defensores da causa animal criticam a prática, alegando maus-tratos e condições inadequadas de trabalho para os cavalos. Por outro lado, os charreteiros alegam que dependem da atividade como única fonte de renda e afirmam cuidar adequadamente dos animais.

 

O projeto deve voltar à pauta de votações nas próximas sessões da Câmara, com expectativa de uma nova rodada de discussões entre poder público, sociedade civil e os profissionais da atividade.

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