Polícia & Bombeiros
- Guaxupé
Caminhoneiro de Guaxupé é resgatado de cativeiro após golpe do frete em Limeira (SP)
22 de outubro de 2025
Um esquema ousado de sequestro e roubo de cargas foi desmantelado pela Polícia Militar na madrugada desta terça-feira (22), em Limeira (SP). Em um sítio isolado, escondido entre a mata e o silêncio do bairro Jaguari, dois caminhoneiros eram mantidos reféns por uma quadrilha especializada em enganar motoristas com falsas ofertas de frete. Um dos profissionais sequestrados é natural de Guaxupé (MG).
A armadilha começava nos aplicativos de transporte de carga, onde os criminosos publicavam anúncios atraentes. A vítima aceitava o frete, iniciava o trajeto — e nunca chegava ao destino. O que vinha depois era violência, cativeiro e a perda total da carga.
Segundo a PM, um dos caminhoneiros foi rendido em Santa Bárbara d’Oeste, ainda na tarde de segunda-feira (21). O outro foi sequestrado horas depois, à noite, em Nova Odessa. Ambos foram levados ao mesmo cativeiro. Um dos caminhões já foi encontrado, parcialmente desmontado, em São Paulo. O outro ainda não foi localizado.
O resgate só foi possível graças à astúcia de uma das vítimas, que conseguiu manter um celular escondido durante o sequestro. O rastreamento do aparelho guiou a operação até o sítio, onde os policiais surpreenderam os criminosos.
Dois suspeitos foram presos no local. Um terceiro, que estava dentro do imóvel, tentou reagir e foi baleado. Ele está internado em estado grave na Santa Casa de Limeira. No interior do cativeiro, os policiais encontraram joias, relógios e mais de R$ 13 mil em espécie — sinais de que o grupo já vinha operando há algum tempo.
Os criminosos detidos são de Jandira, na Grande São Paulo, e têm passagens anteriores por crimes semelhantes. Eles confessaram participação no esquema e disseram que eram pagos para manter os caminhoneiros sob vigilância até que os veículos fossem desmanchados.
A ocorrência foi registrada em Limeira, e a Polícia Civil segue com as investigações. O caso chama atenção não apenas pela violência, mas pelo uso de tecnologia e redes logísticas para enganar trabalhadores autônomos que cruzam o país em busca de sustento.