
Polícia & Bombeiros
- Guaranésia
75 veículos são apreendidos em Mega Operação da Polícia Civil de Minas Gerais na região
19 de setembro de 2024
Apreensões passaram de 60 milhões de reais em bens
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No início da manhã desta quinta-feira 19 de setembro, a PCMG deflagrou a Operação Midas, que visa o cumprimento de 13 prisões, 37 mandados de busca e apreensão e a recuperação de cerca de R$ 60 milhões de reais, dos 13 mandados de prisões, onze investigados foram localizados e presos por lavagem de dinheiro. Os 37 mandados de busca e apreensão foram cumpridos e realizou o sequestro de 17 imóveis e bloqueio de mais de 120 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas. Foram apreendidos 75 veículos, sendo dois carros esportivos de alto custo, outros três automóveis de luxo, 28 caminhonetes e outros veículos diversos, além de armas de fogo, munições, considerável quantia em dinheiro, cheques e joias.
A ação, que mobilizou mais de 150 policiais, investiga crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, com foco nos municípios de São Sebastião do Paraíso, Piumhi, Guaxupé e Guaranésia, todas as cidades do interior de Minas Gerais. Ainda na tarde desta quinta-feira, em continuidade às diligências da Operação “Midas”, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em um rancho na cidade de São José da Barra. No local, os Policiais Civis localizaram um fuzil calibre .556, duas pistolas (sendo uma .45 e outra no calibre 9 mm), além de um revólver calibre .357 e uma grande quantidade de munições de calibres variados. Chamou a atenção dos policiais as quatro caixas de munições no calibre .556. Todo o material foi apreendido. Além do armamento, uma lancha, um veículo e um jetski também foram apreendidos no local. Mais cedo, em outro endereço do mesmo alvo em São Sebastião do Paraíso, já haviam sido apreendidas outras armas.
O inquérito policial, conduzido pela Delegacia de Polícia Civil em São Sebastião do Paraíso, tem como alvo crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e agiotagem, praticados em São Sebastião do Paraíso, Passos, Piumhi, Guaxupé e Guaranésia.
Em 2021 a Polícia Civil constatou o crescimento patrimonial desproporcional por parte de um grupo de empresários que atuam como lojistas de veículos populares e de luxo. Durante o inquérito policial, a Justiça autorizou o afastamento dos sigilos bancário e fiscal dos suspeitos, sendo verificado pela PCMG a incompatibilidade entre os ganhos lícitos declarados pelos investigados com o patrimônio milionário que ostentam.
De acordo com o delegado Rafael Gomes, que coordena a investigação, alguns funcionários dos estabelecimentos foram identificados como supostos “laranjas” do grupo. “Eles possuíam veículos registrados em seus nomes que ultrapassam consideravelmente a capacidade de suas rendas, além da constatação de transações financeiras suspeitas entre os empresários, funcionários e alguns familiares”, revelou.
Apenas em veículos registrados em nome dos suspeitos, o valor ultrapassa a quantia de R$ 16 milhões, sendo grande parte destes veículos registrados em nome de funcionários, supostos “laranjas”.
“Além dos veículos, diversos bens imóveis foram adquiridos com valores de origem suspeita”, observa Gomes. “Outro ponto de destaque das investigações demonstrou que diversas supostas vendas de veículos divulgadas pelos suspeitos foram simuladas, não ocorrendo de fato”, completou.
Lavagem em cadeia
Os indícios colhidos pela Polícia Civil apontam que os investigados teriam recebido aportes financeiros que alavancaram os negócios, valores de origem aparentemente ilícita. “Para dar aparência de lícitos, os valores foram ‘branqueados’, estabelecendo-se o que se conhece como “lavagem em cadeia”, tendo origem no município paulista de Ribeirão Preto e continuidade no interior de Minas”, detalha Rafael Gomes.
Relatórios requisitados pela PCMG ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) demonstraram vínculo financeiro suspeito entre os empresários que atuam no Sudoeste de Minas com empresa do mesmo ramo, de Ribeirão Preto (SP), cujos responsáveis são investigados por lavagem de dinheiro.
“O trabalho de hoje retrata o empenho e a qualidade técnica do trabalho da Polícia Civil, sendo uma relevante resposta à sociedade e um sério golpe contra a criminalidade”, concluiu Gomes.
A operação Midas mobilizou mais de 150 policiais civis de todo o 18º Departamento de Polícia Civil em Poços de Caldas, e contou com o apoio da Coordenação de Recursos Especiais (Core) e da Coordenação Aerotática (CAT) da PCMG.
Aconteceu a coletiva de imprensa na tarde de hoje na Polícia Civil de São Sebastião do Paraíso com o chefe do Departamento da Polícia Civil o Delegado Marcos Pimenta e os delegados Tiago Bordini e Rafael Gomes, veja as entrevistas no vídeo acima.
