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Política

- Guaxupé

Cidadão defende implementação efetiva da Lei Lucas em Escolas de Guaxupé (MG)

12 de fevereiro de 2025

O técnico em enfermagem Cleber Cabaret usou a Tribuna Popular durante a 2ª Sessão Legislativa Ordinária, na noite desta segunda-feira (10).

Na noite desta segunda-feira (10), durante a 2ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Guaxupé, o técnico em enfermagem Cleber Cabarete fez uso da Tribuna Popular para reforçar a importância da capacitação em primeiros socorros nas escolas. Durante sua fala, Cleber destacou que cuidar das crianças é uma responsabilidade coletiva e questionou se as escolas estão realmente preparadas para agir diante de situações emergenciais, como engasgos, traumas e paradas cardiorrespiratórias.

Ele citou a Lei Lucas (Lei Federal nº 13.722/2018), sancionada após a trágica morte de Lucas Begalli Amorelli, de 10 anos, que se engasgou com um pedaço de salsicha durante um passeio escolar em 2017. O cidadão enfatizou que, apesar da exigência legal para que escolas capacitem seus professores e funcionários em primeiros socorros, muitas instituições ainda tratam a lei como uma formalidade, sem implementação efetiva.

“Situações como engasgos, quedas, convulsões e paradas cardiorrespiratórias são mais comuns do que imaginamos. Uma intervenção rápida e precisa faz toda a diferença. Quando professores e funcionários estão capacitados, as escolas se tornam ambientes mais seguros e acolhedores para os alunos e seus familiares”, reforçou Cabarete.

O especialista destacou que capacitar profissionais da educação também ensina valores como cidadania, solidariedade e a importância de ajudar o próximo. Segundo ele, os primeiros socorros representam a primeira linha de defesa em emergências e podem evitar sequelas graves e até mesmo salvar vidas. Além disso, treinamentos regulares promovem uma cultura de prevenção e fortalecem a confiança da comunidade escolar.

Para enfatizar seu ponto, Cleber compartilhou uma carta escrita por Alessandra Begalli Amorelli, mãe de Lucas, que transformou sua dor em luta pela aprovação da lei. No documento, ela relata o sofrimento de perder seu filho e a frustração por saber que ele poderia ter sido salvo se houvesse profissionais capacitados no momento do acidente. A carta é um apelo para que a Lei Lucas seja cumprida de forma efetiva e para que as escolas priorizem treinamentos de primeiros socorros.

Lei em Guaxupé

Após a fala do cidadão, os vereadores lembraram sobre a existência de uma legislação sobre o tema em Guaxupé. A lei nº 2.715, de 17 de outubro de 2019, dispõe sobre a obrigatoriedade de realização de cursos de primeiros socorros aos funcionários e professores de instituições de ensino do Município de Guaxupé.

De acordo com a lei municipal, os cursos deverão ser ministrados por profissionais habilitados da própria administração pública municipal, por policiais Militares do Corpo de Bombeiros, mediante parceria, ou ainda por instituições especializadas.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Guaxupé