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Polícia & Bombeiros

Esclarecimentos sobre a notícia de suposta rebelião no presídio Guaxupé/Guaranésia

23 de março de 2021

Referente a notícia publicada nesta manhã em nosso portal de notícias, sobre uma rebelião ocorrida no presídio de Guaxupé/ Guaranésia, a assessoria de comunicações da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, enviou a nossa redação esclarecimentos sobre o fato ocorrido.

presisio

Segundo a Secretaria, não houve uma rebelião e sim um ato de indisciplina dos detentos, durante um atendimento de saúde de dois presos que estavam sentindo mal.

Informaram também, que foi realizado buscas nas celas e localizado 01 aparelho celular de posse de 01 preso.

 

Veja na íntegra todo teor enviado a nossa equipe de jornalismo

 

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), informa que na noite do último sábado (20/3), por volta de 21h, presos de uma das alas do Presídio de Guaranésia promoveram um ato de indisciplina, batendo nas grades das celas. A ação ocorreu durante um atendimento da área de saúde a dois presos que alegavam estarem sentindo-se mal. A ação não causou desestabilização da unidade, que segue sua rotina.

 

Portanto, não procede a notícia de suposta rebelião na unidade prisional de Guaranésia.

 

Informamos ainda que nessa mesma tarde, policiais penais do presídio realizaram uma varredura em celas e localizaram um aparelho de celular, com chip, sob posse de um dos presos; o que não é permitido.

 

O material foi encaminhado para a Polícia Civil, e o detento passará pelo Conselho Disciplinar da unidade; podendo sofrer sanções administrativas.

 

Sobre casos de covid-19 

 

 

Informamos que, conforme o levantamento das 16h desta terça-feira (23/3), há 12 presos com diagnóstico positivo para covid-19 no Presídio de Guaranésia I.

 

Os custodiados cumprem período de quarentena dentro da unidade prisional, acompanhados pelas equipes de saúde da unidade, assintomáticos ou com sintomas leves da doença. As alas em que se encontram estão isoladas e são rotineiramente desinfectadas.

 

Vale ressaltar que a situação do Presídio de Guaranésia está sendo acompanhada pela OAB local, Defensoria Pública e Ministério Público.

 

Informamos ainda as principais ações que estão sendo realizadas para prevenir e controlar a disseminação do coronavírus nas unidades prisionais de Minas Gerais, inclusive em Guaranésia:

 

Unidades portas de entrada: Foi adotado um modelo pioneiro no país de circulação restrita de detentos no período de pandemia, classificado como referência pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Para evitar a contaminação por novos presos, foram criadas 30 unidades de referência, distribuídas em todo o território mineiro, que funcionam como centros de triagem e portas de entrada para novos custodiados do sistema prisional.

 

Todas as pessoas presas em Minas Gerais estão sendo encaminhadas para uma unidade específica em cada região e ficam, pelo menos, 15 dias, em quarentena e observação, evitando possível contágio caso fossem encaminhadas de imediato para outras unidades. Após a observação e atestada a sua saúde, são encaminhadas para as demais unidades prisionais do Estado.

 

Retomada gradual das visitas: Em setembro de 2020, o Depen-MG iniciou a retomada gradual das visitas presenciais no sistema prisional, de acordo com as ondas do Minas Consciente de cada macrorregião. A lista de unidades em cada onda é atualizada semanalmente no site da Sejusp, às quintas-feiras. As unidades prisionais seguem os protocolos previstos para a onda da macrorregião na qual estão localizadas, exceto aquelas que são classificadas como portas de entrada. Os familiares também podem ter contato com seus parentes de outras três formas: por meio de cartas (ação prevista para todas as unidades e com média de 35 mil recebimentos por semana), ligações telefônicas (cujo número é diferente em cada unidade e deve ser fornecido pelo presídio ou penitenciária; a média semanal é de 15 mil ligações realizadas) ou videoconferências nas unidades em que essa tecnologia já está disponível. Mais de 90% das unidades prisionais realizam visitas familiares por videoconferência. Esta modalidade continuará acontecendo mesmo diante da retomada das visitas.

 

Cuidados com quem já está preso: No caso de presos que já se encontram no sistema prisional, caso apresentem sintomas da covid-19, o protocolo é o seguinte: isolamento imediato, realização de exames e, em caso de confirmação, tratamento segundo protocolo da área da Saúde. Em todas as unidades em que há presos com covid-19 confirmados, a desinfecção do ambiente também é imediata e todos os demais detentos passam a usar máscaras, de forma preventiva.

 

Evitar o contágio via profissionais de segurança: Imprescindíveis para a segurança das unidades, os profissionais estão com as escalas de trabalho dilatadas, de forma a diminuir a circulação desses servidores intra e extramuros.

 

Evitar a circulação de presos para realização de audiências: Foram instalados equipamentos para a realização de videoconferências judiciais em todas as unidades prisionais que estão, aos poucos, se adaptando para uso dessa ferramenta. Com isso, evita-se o deslocamento da maioria dos presos para o ambiente extramuros e diminui-se o risco de contágio pelo coronavírus.

Já foram realizadas mais de 17,8 mil videoconferências judiciais neste período de pandemia – uma parceria com o Poder Judiciário que deve se estender no período pós pandemia por resultar em ganhos positivos para todos os atores envolvidos.

 

Limpeza geral e desinfecção de ambientes: As áreas estruturais como celas, pátios, áreas administrativas e técnicas, portarias, guaritas e, também, veículos estão passando por higienização reforçada, semanal, durante a pandemia.

 

Máscaras e EPIs: O sistema prisional está produzindo máscaras para uso nas próprias unidades e segurança de todos. No interior das unidades prisionais já foram produzidas 4,6 milhões de máscaras por custodiados. Todos os servidores são obrigados a circular no interior das unidades de EPIs e, a eles, este material é fornecido sistematicamente. Os presos também utilizam máscaras quando estão com algum sintoma suspeito ou quando pertencem a alas ou pavilhões onde outro detento foi testado positivo para a doença.

 

Atenciosamente,

Ascom Sejusp