Polícia & Bombeiros
- Poços de Caldas
Estudante de veterinária é investigado por se passar por delegado para cobrar dívida em Poços de Caldas (MG)
21 de outubro de 2025
A Polícia Civil de Minas Gerais investiga um estudante de medicina veterinária da PUC Minas suspeito de se passar por um delegado de polícia para tentar cobrar uma dívida de uma colega de faculdade, em Poços de Caldas (MG). O caso envolve possíveis crimes de falsidade ideológica e extorsão.
De acordo com a investigação, o jovem, de 23 anos, teria criado perfis falsos em um aplicativo de mensagens, incluindo um com a foto e a identificação do delegado Marcos Pimenta, chefe do 18º Departamento da Polícia Civil, com sede na cidade do sul de Minas. Por meio das mensagens, o estudante ameaçava a colega com prisão e tentava forçá-la a “confessar” envolvimento em um suposto desvio de dinheiro ligado à confecção de camisetas da atlética da faculdade.
“Você pode ser presa por desvio de dinheiro, ocultação de bens e outras coisas. Ele me passou também que você não está cooperando. Quer vir aqui na DP me contar a verdade e te ajudo a resolver”, dizia uma das mensagens enviadas pelo estudante, como se estivesse falando em nome da autoridade policial.
Após receber a denúncia, a Polícia Civil iniciou uma investigação. O estudante confessou ter criado os perfis falsos e disse ter pesquisado imagens de delegados na internet para montar a identidade falsa. Um inquérito foi instaurado e está sob responsabilidade do delegado Thiago Moreira, que apura se há outros crimes relacionados ao caso.
Na manhã desta terça-feira (21), um mandado de busca e apreensão foi cumprido no apartamento do suspeito, localizado no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. No local, os policiais apreenderam um celular, um tablet e uma quantidade não especificada de maconha.
O estudante foi conduzido para prestar depoimento, acompanhado de seu advogado, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado em seguida.
A Polícia Civil ressaltou que agentes da corporação não realizam cobranças de dívidas e não entram em contato com civis por mensagens com esse tipo de abordagem. O material apreendido será enviado para Poços de Caldas, onde o inquérito segue em andamento.