O suspeito afirmava trabalhar com servidores da banca examinadora, os quais, supostamente, influenciavam nas aprovações mediante pagamento.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu as investigações envolvendo um indivíduo, de 44 anos, que dizia facilitar o processo para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), em Guaxupé, Sul do estado. Conforme apurado, o suspeito afirmava trabalhar com servidores da banca examinadora, os quais, supostamente, influenciavam nas aprovações mediante pagamento.

As vítimas do crime prestaram depoimentos e confirmaram o golpe praticado pelo suspeito. Até o momento, foram identificadas cinco vítimas, contabilizando um prejuízo financeiro em torno de R$ 8 mil. Outras vítimas estão sendo identificadas pela PCMG.

Após intenso trabalho investigativo, a PCMG representou pela prisão preventiva do suspeito, sendo a ordem judicial cumprida no dia 18 de fevereiro deste ano. Cinco dias depois (24/2), o homem foi indiciado pelo crime de tráfico de influência.

Investigação

De acordo com o delegado Tales Moreira, “o indiciado procurava por vítimas que, em um primeiro momento, tinham dificuldades para serem aprovadas no processo de habilitação. Induzindo-as em erro, ele afirmava trabalhar com o pessoal da banca examinadora e solicitava às vítimas vantagem indevida, sugerindo ainda que parte do dinheiro seria destinada aos examinadores de trânsito”.

Ainda segundo Tales, o investigado é suspeito de inúmeros golpes similares em Guaxupé e região. “O suspeito é um velho conhecido no meio policial por práticas idênticas a essa apurada, inclusive, respondendo processo criminal por fato idêntico. Além disso, ele ostenta inúmeros indiciamentos por estelionatos e outros crimes”.

O delegado regional Fernando Bettio destacou: “toda a equipe da Polícia Civil trabalha de forma incessante pela transparência e pela eficiência de seus serviços. A ação é mais um dos reflexos deste cuidado no atendimento ao público. ”

Denúncia

A PCMG alerta para que outras possíveis vítimas denunciem o crime. “Assim, divulgamos o nome e a fotografia do suspeito com a finalidade exclusiva de identificação de eventuais vítimas. Caso alguém o identifique, por gentileza, procure a delegacia de polícia ou Ministério Público para noticiar os fatos, para que possamos instruir as investigações contra o referido indivíduo”, adverte Tales.