Polícia & Bombeiros
- Guaxupé
Guaxupé: Santa Casa é acusada por suposta negligência por família que perdeu a filha
2 de novembro de 2024
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Amanda e o marido Alberto, procuraram a polícia civil no último dia 25 de outubro, para registrar ocorrência contra a Santa Casa de Guaxupé/MG, onde segundo o casal, teria ocorrido negligência no nascimento da filha que aconteceu no último dia 23 de outubro. Consta na ocorrência policial registrada pela família, acompanhada de seu advogado, que a Amanda, gestante de 22 semanas, deu entrada na Santa Casa de Guaxupé com leves sangramentos, sendo atendida pela médica plantonista, que após exames informou que o feto possivelmente não resistiria a intervenção médica e que Amanda estaria prestes a sofrer um aborto. Amanda foi encaminhada para o centro cirúrgico e disse que ouviu a criança chorar quando nasceu, uma menina, foto acompanhado pelo pai durante a cirurgia. Em seguida a criança foi encaminhada para o berçário, e segundo Amanda, após perguntar a enfermeira o estado de saúde da menina a mesma disse que ela estaria bem e que se Amanda quisesse poderia ir ver a neném. O pai da criança foi então ao berçário e não deixaram ele entrar e cerca de 10 minutos depois a médica do berçário foi a sala de parto e informou que a criança havia nascido sem vida. O fato gerou um embate entre as duas médicas, que estavam no parto, uma dizendo que a criança havia nascido com vida e a outra que sem vida. Outro fato que a família está intrigada é com relação a quem autorizou a retirada do corpo da criança pela funerária, fato que o pai e a mãe negam terem assinado os documentos de liberação do corpo. O pai pediu para constar na ocorrência que o caixão foi lacrado e não foi permitido ver a criança, nem mesmo no momento da retirada do corpo do hospital. Posteriormente no dia 25 de outubro, o casal voltou ao hospital e foram informados que a placenta e o feto tinham sido enviados para o laboratório, trazendo outra dúvida, já que segundo Amanda e Alberto haviam realizado o enterro da filha. Vários pontos a serem esclarecidos pela Santa Casa de Guaxupé foram registrados nesta ocorrência.
A funerária informou nossa produção que tem os documentos assinados com a autorização para a retirada do corpo da criança que era prematura. Ainda segundo a funerária a assistente social da Santa Casa entrou em contato com a assistente social da prefeitura, solicitando os serviços da funerária, que é a que tem a licitação para fazer o atendimento gratuito para famílias.
A Santa Casa de Guaxupé enviou uma nota de esclarecimento a imprensa através do Jornal Jogo Serio conforme consta abaixo:
Nota de Esclarecimento à Imprensa: A Santa Casa de Misericórdia de Guaxupé vem a público esclarecer os questionamentos apresentados pela família da paciente Amanda Cristina Honório, reforçando o compromisso institucional com a ética e a excelência no atendimento.
A paciente Amanda Cristina possui histórico de partos prematuros e episódio de aborto, condição que requer monitoramento rigoroso. Ao ser internada em nossa unidade no dia 23 de outubro de 2024, Amanda apresentou um quadro clínico delicado em relação à gestação, o que tornou inviável sua transferência, pois poderia comprometer a segurança dela e do feto. A equipe médica, portanto, seguiu os protocolos que recomendam cuidados intensivos e suporte especializado na própria unidade, garantindo a melhor assistência possível.
Com relação aos pontos levantados pela família, esclarecemos: 1. Transferência da Paciente: O quadro clínico de Amanda exigia atendimento imediato e contínuo. A opção de mantê-la sob cuidados na Santa Casa foi a decisão médica mais segura e alinhada aos protocolos de assistência para situações de risco elevado, visando preservar a integridade da paciente e do feto, pois eventual transferência poderia acarretar riscos irreparáveis.
2. Informação sobre o Envio do Feto para Análise: A equipe da Santa Casa prioriza a clareza e a transparência no diálogo com os familiares. Durante o atendimento, foram fornecidas informações sobre os procedimentos adotados. Para maior precisão, eventuais detalhes que possam ter causado dúvida foram esclarecidos em reunião com a família e o advogado na tarde do dia 25/10/2024. Mesmo assim, a Santa Casa se coloca à disposição para maiores esclarecimentos.
3. Alegação de Negligência no Tratamento: Ressaltamos que todos os cuidados oferecidos a Amanda seguiram rigorosamente os padrões estabelecidos e foram conduzidos por uma equipe especializada, comprometida com a segurança e o bem-estar da paciente. A Santa Casa permanece aberta ao diálogo e à colaboração com a família e com as autoridades competentes, sempre com o compromisso de transparência e qualidade em todos os serviços prestados. Atenciosamente – Santa Casa de Misericórdia de Guaxupé.