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Polícia & Bombeiros

Operação conjunta cumpre mandados contra suspeitos de fabricar e comercializar mel adulterado em MG

18 de novembro de 2021

A associação criminosa usava açúcar invertido, mais conhecido como xarope de açúcar, para produzir mel adulterado. Os mandados de busca e apreensão e sequestro de bens estão sendo cumpridos em Campestre e Poços de Caldas.

FOTO divulgação redes sociais
FOTO divulgação redes sociais
 
FONTE G1SUL DE MINAS

A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deflagraram na manhã desta quinta-feira (18) uma operação contra uma associação criminosa que fraudava a fabricação e comercialização de mel no Sul de Minas. Segundo as investigações, o grupo usava açúcar invertido, mais conhecido como xarope de açúcar, para produzir mel adulterado.

Foram expedidos 14 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens em Campestre e Poços de Caldas. A operação foi nomeada de “Xaropel”.

Os suspeitos distribuíam mel falsificado em estabelecimentos da região e no estado de São Paulo. Além de fraudar a fabricação do mel, os integrantes da organização criminosa adulteravam o registro do Sistema de Inspeção Federal (SIF).

Segundo a Polícia Federal, os envolvidos poderão responder pelos crimes de associação criminosa; falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios; invólucro ou recipiente com falsa indicação e falsificação de selo ou sinal público. Se condenados, os suspeitos poderão cumprir até 22 anos de prisão e multa.

 

As investigações

Segundo a Polícia Federal, durante as investigações foi descoberto que o grupo produzia e comercializava mel desde 2018 por meio de duas empresas sediadas em Campestre. Uma destas empresas foi interditada pelo MAPA durante uma fiscalização por causa de irregularidades.

Mesmo interditada, o MAPA recebeu informações e reclamações de produtos comercializados pela empresa no Sul de Minas. Ainda de acordo com a PF, com o auxílio da Receita Estadual foi constatado que o estabelecimento comercializou cerca de 60 toneladas de mel. A quantidade coincide com o volume adquirido de xarope de açúcar.

Segundo a Polícia Federal, levantamentos realizados nos últimos três anos revelaram que as empresas investigadas adquiriram mais de 783 toneladas de açúcar invertido (xarope de açúcar), utilizado como matéria prima para a produção do mel adulterado.

Imagens aéreas feitas na sede das empresas mostraram o descarte de tambores com logotipo da empresa fornecedora de açúcar invertido.