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Polícia & Bombeiros

Professora investigada por racismo em Muzambinho recebe suspensão preventiva das atividades

19 de setembro de 2023

Imagens da Internet

Segundo nota da Secretaria de Educação de Muzambinho (MG), foi publicada neste último sábado (16), a suspensão preventiva da professora suspeita de realizar racismo na Escola Estadual Professor Salatiel de Almeida.  A profissional, que havia voltado a trabalhar na semana passada após licença médica, ficará afastada por cerca de 30 dias, por possível descumprimento dos deveres do servidor público. O inquérito que está sendo realizado pelo Delegado Dr. Adnan Grava será encerrado nessa semana, após a suspeita ser ouvida e será entregue para a justiça. O Núcleo de Correição da Secretaria instaurou um processo administrativo disciplinar que vai ser conduzido por uma comissão da Superintendência Regional de Ensino Metropolitana de Belo Horizonte (MG). Será apurado também uma possível omissão na conduta do gestor da escola, a partir do conhecimento dos fatos.

Entenda o caso:

Pais e alunos protestam após áudio da docente viralizar

A Polícia Civil de Minas Gerais abriu inquérito para investigar falas preconceituosas que uma professora fez em sala de aula na Escola Estadual Professor Salatiel de Almeida, em Muzambinho (MG). As declarações, que foram gravadas por alunos viralizaram nas redes sociais, são consideradas racistas e capacitistas, tendo a mesma falado sobre cores, raça, obesos e até mesmo deficientes.

“Hoje é muito modinha falar de racismo.. porque o prefeito feio, “entre aspas”, vamos colocar assim? Não! Porque tudo que é bonito é exaltado. Cé tá entendendo? Tudo o que é bonito é exaltado”, “Se fosse… A gente acha que é preconceito, por exemplo, gordo: gordura é feio. Tem pessoas mulatas que são bonitas, tem uns negros muito bonitos, mas você vai ver os ‘traço’ não ajuda, o cabelo não ajuda, entendeu? Então assim… ‘cê’ tem isso daí.. o deficiente, a pessoa que é deficiente, é bonito cê ver uma pessoa deficiente?”, disse a professora, no trecho que circula nas redes sociais.

Segundo informações de alunos, isso já vem acontecendo a um tempo, tendo os mesmos procurado a Polícia Civil, que abriu um inquérito para apurar a história.

O delegado Adnan Cassiano Grava disse que as denúncias contra a professora serão investigadas com seriedade. Ele também disse que é prematuro tirar qualquer conclusão sobre o caso.

Pelo menos 10 pessoas serão ouvidas, entre alunos e professores da instituição. Três deles já deram depoimento na última quinta feira (31).  A Polícia Civil ressaltou que como a professora ainda não foi ouvida, o caso terá sigilo até o fim dos procedimentos.

Pais e alunos protestam

Na manhã desta sexta-feira (1º), pais e alunos se reuniram em frente à escola para protestar contra as falas da professora.

Eles carregavam cartazes com frases como “Não ao racismo” e “Educação sem preconceito”.

A direção da escola informou que a professora está afastada das atividades escolares até que o caso seja concluído.

Secretaria de Educação se manifesta

A Secretaria Estadual de Educação disse que tomou conhecimento das denúncias contra a professora e que está investigando o caso. Foi enviada uma equipe de inspeção escolar à escola para ouvir todos os envolvidos.  Segundo eles, direção da escola está colaborando com a Polícia Civil e repudiam qualquer conduta que possa ferir a dignidade humana.