Pular para o conteúdo

Saúde

Proibida no Brasil, a droga GHB vem sendo usada para o chemsex, mesmo com riscos à saúde

13 de junho de 2023

 

O GHB (gama-hidroxibutírico) é uma droga sintética que vem sendo usada na prática do chamado chemsex, o “sexo químico”.

 

“O GHB aumenta os estímulos sexuais, o que seria interessante para pessoas com disfunções sexuais ou qualquer problema de saúde física ou mental que afeta a libido. No entanto, seu uso indiscriminado e a desinformação sobre os efeitos colaterais não justificam a recompensa do prazer sexual”, aponta Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexologia Clínica, membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana), especialista em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/SC), professora no Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais de Joinville (SC).

 

Segundo Danielle H. Admoni, psiquiatra geral e da Infância e Adolescência, preceptora na residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria); o sexo químico, ou chemsex (expressão em inglês, chemical sex), é mais uma das modas que priorizam o prazer e a diversão, em detrimento da própria vida.

 

“Trata-se de uma droga psicoativa, estimulante do sistema nervoso central, que vem sendo consumida de forma irresponsável ‘para aprimorar o desempenho sexual’. O que os usuários ignoram é o fato de que, assim como todos os psicoestimulantes, a exemplo do álcool e da cocaína, o GHB altera o nível de consciência, as funções cognitivas e, pior: se usado em doses elevadas e concomitantemente com álcool e outras drogas, pode ocasionar uma overdose, um infarto e até levar ao óbito”, alerta Danielle Admoni.

 

Uso da substância não tem autorização da ANVISA

O GHB é listado como uma substância psicotrópica de uso prescrito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e está incluído na lista de substâncias sujeitas a controle especial pela Portaria SVS/MS nº 344/98. Ou seja, a produção, venda, posse e o uso são ilegais no país.

 

Informações à imprensa

FGR Assessoria de Comunicação

Flávia Vargas Ghiurghi